sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

SER ENFERMEIRO(A) ...

  Após o termino dos 4 anos de formação, todos ansiamos crescer por colocar em prática os nossos conhecimentos, bem como continuar a nossa formação como agentes proactivos para que a nossa prática continue caminhando para a excelência, e que dignifique a nossa recém adquirida identidade profissional. 
Este ideal colectivo, com o qual me identifico torna-se hoje uma tarefa difícil de concretizar em Portugal. 
  O  conjunto de condições sócio-politico e económico vigentes em nosso pais, traduz-se hoje num novo paradigma para os recém licenciados em Enfermagem.
 Ou seja,  se queres exercer a tua profissão prepara-te para sair ó Portuga! " A menos que tenhas cunha claro, porque este é um segredo nosso, bem Português".
 Se bem que a nossa enfermagem é uma das melhores, facto ao qual me orgulho..., bem menos me orgulho de nada se ter feito até então para a defesa da Enfermagem. De facto, do que me serve a mim "Enquadramento Conceptual", "Enunciados Descritivos" entre outros se não os posso colocar em prática? Para enriquecimento pessoal, sem sombra de duvida, mas e depois? Se as palavras sem obras são palavra mortas, para qualquer pessoa que se sinta Enfermeiro e que não consiga exercer a sua profissão, todos estes padrões de modelo de Enfermagem português carecem de significado. 
  Por estes dias ouvi um comentário de um docente em Enfermagem e membro da nossa querida ordem que  disse que tento em conta este novo paradigma haveria que repensar a nossa formação, talvez uma formação que nos prepara-se para melhor exercer a nossa profissão fora do nosso país. Sem dúvida, penso que esta seria uma mais valia. Exercer Enfermagem noutro país deveria ser uma opção de escolha que cada um de nós decidisse ou não concretizar, e se ademais tivéssemos uma preparação específica, isso seria uma mais-valia. Mas, porque também não criar condições para todos aqueles que não desejam exercer a sua profissão fora do seu país, esta também não deveriam ter uma opção de escolha?
  Repensar o direito de exercer a Enfermagem em Portugal é urgente, esta deveria ser uma das prioridades dos organismos que regem e direccionam a nossa tão bela profissão. 









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